domingo, 31 de março de 2013

Regional FFB - Alagoas


       Congregação das Irmãs Missionárias Franciscanas de Santo Antônio

     
    A Família Franciscana do Brasil – Alagoas, em clima celebrativo unida à Congregação das Irmãs Missionárias Franciscanas de Santo Antônio, louva a Deus por intercessão do Seráfico pai São Francisco, pela passagem do centenário da Congregação, fundada em 17 de fevereiro de 1913 – Boerdonk/Holanda, ao mesmo tempo em que agradece o relevante trabalho e disponibilidade das irmãs em servir a FFB-Alagoas.
      Que o Senhor as abençoe e volte sempre o seu olhar copioso sobre cada uma das irmãs.
Fraternalmente,
     
                                                                                                        Coordenação da FFB-AL.

ASSINATURA DA REVISTA FRANCISCANA – 2013


INFORMAÇÕES IMPORTANTES
* Antes de se cadastrar é de suma importância que tenha efetuado os passos a seguir :
1º Efetuar o depósito em nome da Família Franciscana do Brasil 
Banco do Brasil
Ag.: 1003-0 
Conta corrente: 200.143-8
No valor de R$ 50,00

2º Scanear o comprovante de depósito

Lembrete

Em caso de urgência, entre em contato com Ir. Aparecida de Góis, pelo telefone (61)  3349.0157
Email : secretaria@ffb.org.br em caso de dúvida ou problemas na hora do cadastramento por favor entre em contato.

sábado, 30 de março de 2013

Roma - Bem-vindo ao novo Assistente Geral da OFS



Acolhemos com grande alegria José Antônio Cruz Duarte, OFM, Assistente Geral da OFS nova e da Juventude Franciscana.

José Antônio nasceu em Pederneiras, São Paulo (Brasil), 14 de maio de 1956 e ingressou na Ordem dos Frades Menores, 20 de janeiro de 1975.
Fez a profissão solene em 02 de agosto de 1979 e foi ordenado sacerdote em 12 de dezembro de 1981.

Ele completou seus estudos em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1988.  Em 1998, obteve o diploma de pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Católica de São Paulo.

De 1977-2012 dedicou-se à pastoral da juventude e ministério campus.
Ele tem trabalhado na educação dos jovens 1982-2002 na Escola escolas de ensino fundamental na cidade de Lages (Estado de Santa Catarina) e São Paulo.

De 1991-2012, dedicou-se ao ensino superior na Universidade de São Francisco, Bragança Paulista, São Paulo, diferentes cursos de ética e bioética.
Acompanhado do Instituto Secular Pequena Família Franciscana como assistente espiritual do Cone Sul da América Latina.  foi Assistente Local de diferentes Fraternidades da OFS.

De 1988-2012, ele ministrou como diretor espiritual de diversos Congregações Franciscanas. Entre 1988 e 2013, ele liderou um retiro para sacerdotes diocesanos, religiosos e seculares franciscanos, casais, Equipas de Nossa Senhora.

O Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei José Rodríguez Carballo, nomeou Assistente Geral 21 de dezembro de 2012.

Fonte: http://ofsofmcapnews.blogspot.com.br/2013/03/nuovo-assistente-ofm.html

Conselheiros do Nacional da OFS realizam visita fraterna em Recife - Pernambuco


O Regional Nordeste B II, que compreende os estados de Pernambuco e Alagoas, recebeu teve visita fraterna pastoral no último final de semana, 23 e 24 de março, em Recife, PE, com as presenças do Conselheiro Nacional para a Área Nordeste B, Edmilson Brito, e do Assistente Espiritual Nacional, Frei José Maira, OFM Cap. A Ministra Regional Rosalva do Egpypto Costa recepcionou os representantes do nacional em nome de todo Conselho, que em sua grande maioria estava presente, faltando os representantes do Distrito Grande Recife I e II.

Os visitadores ficaram satisfeitos com a atuação do Regional, perceberam que há uma nova retomada nos trabalhos e vem buscando se organizar dentro do aspecto do fortalecimento da OFS do Brasil. “O Regional está muito ativo, com um perfil de amadurecimento e de busca na resolução das fragilidades, a exemplo a organização administrativo\financeira, da formação e do relacionamento da OFS e JUFRA”, afirmou Edmilson.

Frei José Maria também ratificou sobre a boa atuação do Conselho, enaltecendo o desempenho dos Assistentes Espirituais. “Estão de parabéns todos os membros do Conselho e, em especial, aos assistentes que mesmo comas dificuldades de assistentes locais vem dando conta de acompanhar toda Região”, ratificou.

Ao final da visita, os membros do Conselho Regional agradeceram aos visitadores pela forma como foi conduzida a visita.

Benção de São Francisco a frei Leão


sexta-feira, 29 de março de 2013

Mensagem do Ministro Geral da OFM para Páscoa


CREIO, SENHOR, MAS AUMENTA MINHA POBRE FÉ (cf. Mc 9,24)

“Ressuscitou!” (Lc 24,6)

Esta é, meus queridos irmãos e irmãs, a experiência dos que comeram e beberam com Ele depois da sua ressurreição (cf. Atos 10,41), e de todos os que se sentem renascidos “para a esperança viva, para a herança incorruptível” (1Pe 1,3-4). “Ressuscitou!” Este é o fundamento da nossa fé, a razão da nossa esperança e o motivo da nossa caridade: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé” (1Cor 15,14). Sem esta experiência, a cruz de Jesus e as nossas seriam uma tragédia e a vida cristã, um absurdo. A partir dela, ao contrário, podemos cantar com a liturgia: “O Crux, ave, spes unica”, “Salve, ó cruz, nossa única esperança!”. O Crucificado “ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Cor 15,4). Eis aqui o núcleo central da nossa fé e do kerigma primitivo: “Tanto eu como eles, eis o que proclamamos” (1Cor 15,11). A ressurreição é o grande “sim” de Deus Pai a seu Filho e, nele, a nós, por isso é também o tema do anúncio e o fundamento da nossa fé.

Sim, verdadeiramente ressuscitou!

Sempre me impressionou o fato de que os cristãos orientais neste período se saúdam com as seguintes palavras: “Cristo ressuscitou”, ao que se responde “Sim, verdadeiramente ressuscitou!”. Sim, ressuscitou. Esta confissão de fé a fazemos no contexto do Ano da fé, querido por Bento XVI “para que a Igreja renove o entusiasmo de se crer em Jesus Cristo, único Salvador do mundo, reavive a alegria de caminhar pela via que nos tem indicado; e testemunhe de modo concreto a força transformadora da fé” (Bento XVI, Audiência 17/10/2012).

Crer, um caminho que dura tanto quanto a vida

Talvez possa parecer estranho que dedique esta carta de Páscoa ao tema da fé. Alguns poderiam pensar que a fé é um pressuposto óbvio na vida de um religioso e franciscano. Eu não creio que seja assim. Realmente a fé nunca pode ser dada por descontada,  particularmente em nosso tempo em que “uma profunda crise de fé atingiu muitas pessoas” (PF 2). E dado que atravessar a Porta da fé (cf. Atos 14,27) “implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira”, que “tem início no batismo (cf. Rom 6,4) […] e conclui-se com a passagem através da morte para a vida eterna”(PF 1), é necessário que em todo tempo e em todas as circunstâncias da vida se faça verdade sobre nossa fé, a fim de que esta cresça dia a dia e possa “fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (PF 2). Precisamos ter a coragem de perguntar-nos: sou pessoa de fé ou um simples ateu praticante? Qual é o estado real de “saúde” da minha fé? Temos que ter também a lucidez necessária para dar uma resposta sincera e profunda a perguntas tão vitais como estas. Penso dizer a verdade ao afirmar que a crise de fé vivida dentro da Igreja, como muitas vezes denunciou o Papa, também é palpável entre nós. Ao afirmar isso não penso tanto numa fé teórica e conceitual, mas numa fé celebrada, vivida e confessada na vida quotidiana. Sem negar que a maior parte dos irmãos dão cotidianamente, sem holofotes, sem aplausos e sem grandes discursos, testemunho humilde de uma fé confessada, vivida e celebrada, permanecendo fiéis contra toda a esperança e fazendo de sua vida experiência do mistério pascal, também é verdade que o secularismo, entendido como um conjunto de atitudes hostis à fé e que afeta vastos setores da sociedade, pode ter entrado em nossas fraternidades e em nossas vidas; e que a queda do horizonte da eternidade e a redução do real à única dimensão terrena tem sobre a fé o efeito que tem a areia jogada sobre a chama: a sufoca e acaba por apagá-la. Creio que seja necessário, especialmente durante este Ano da fé, fazer uma parada, moratorium, para avaliar a nossa fé. Quanto são atuais as palavras do então Cardeal Ratzinger quando, em 1989, afirmava: “A apostasia da idade moderna se funda sobre a queda de uma verificação da fé na vida dos cristãos.”

Fé é vida

O Papa na sua catequese sobre a fé, no dia 17 de outubro de 2012, afirma: “Ter fé no Senhor não é um fato que interessa só à nossa inteligência, a área do saber intelectual, mas é uma mudança que envolve a vida, a totalidade de nós mesmos: sentimento, coração, inteligência, vontade, corporeidade, emoções, relações humanas.” E nesta mesma ocasião o Papa Bento se pergunta: “A fé é verdadeiramente a força transformadora em nossa vida, em minha vida? Ou é só um dos elementos que fazem parte da existência, sem ser o determinante que a envolve totalmente?” É isto, meus queridos irmãos e irmãs, o que temos de perguntar-nos, porque a fé, longe de ser algo separado da vida, é a sua alma: “A fé cristã, operosa na caridade e forte na esperança, não limita, mas humaniza a vida; mais ainda, a torna plenamente humana” (Bento XVI, Audiência …). Não podemos falar de fé sem fazer referência à vida, porque é esta que a torna compreensível e atraente (cf. Sant 2, 1ss). Fé e vida se exigem reciprocamente, e uma sustenta a outra.

Por outro lado, sustentados pela fé, olhamos com confiança o nosso compromisso pela transformação das estruturas de pecado, esperando “novos céus e nova terra, onde habitará a justiça” (2P 3,13). Só unindo fé e vida, fé e compromisso em favor de uma sociedade mais em sintonia com os valores do Evangelho, seremos “sinais vivos da presença do Ressuscitado no mundo” (PF 15). Com razão o Capítulo de 2006 nos dizia no documento final: “A fé implica tudo o que somos, […] A vida na fé é a verdadeira fonte da nossa alegria e da nossa esperança, do nosso seguimento a Jesus Cristo e do nosso testemunho para o mundo” (Sfc, 18). Fé e vida são inseparáveis. São Boaventura, no Prólogo do Breviloquium, define a fé com três imagens que considero muito esclarecedoras em relação ao que estamos dizendo: “fundamentum stabiliens”, fundamento que dá estabilidade; “lucerna dirigens”, lâmpada que dirige; “ianua introducens”, porta que introduz. Enquanto fundamento, a fé é o que dá estabilidade à nossa vida; enquanto lâmpada, a fé é a luz que consente ver e indica a direção justa; enquanto porta, a fé é a que permite ir mais além e que introduz na comunhão com o Santo dos santos. A fé é a luz que nos permite alcançar e poder abrir a porta que nos introduz sem obstáculos no mundo de Deus, permitindo-nos caminhar segundo a Sua vontade.

A fé: graça e responsabilidade

Crer supõe, acima de tudo, acolher um dom com o qual somos agraciados imerecidamente: o dom da fé.

“O Senhor lhe abrira o coração para que atendesse ao que Paulo dizia”, afirmam os Atos ao referir-se à Lídia (cf. Atos 16,14). Francisco assim o reconhece também em seu Testamento: “O Senhor me deu uma tão grande fé […] O Senhor me deu e me dá tanta fé…” (cf. Test 4.6). Para Francisco, e também para nós, tudo é graça (cf. Test 1.2.4.6.14.25), também a fé. Por isso a fé visa sempre atuar e transformar a pessoa a partir de dentro, visa a conversão da mente e do coração.

A fé, no entanto, é também compromisso pessoal para conservá-la e fazê-la crescer. Por isso Bento XVI nos propõe que durante este Ano da fé façamos “memória do dom precioso da fé” (PF 8). Já o santo Bispo de Hipona, numa de suas homilias sobre a Redditio Symboli, a entrega do Credo, diz: “Vós o tendes recebido [o Credo], porém deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele” (S. Agostinho, Sermo 215, 1). A Igreja primitiva pedia que se aprendesse de memória o Credo (cf. PF 9), para conservar a fé e para recordar a própria condição de pessoas de fé. Este re-cordar, passar de novo pelo coração, não se limita ao passado, mas faz com que a fé entre no presente, qualificando a própria vida, e se abra ao futuro desenvolvendo-se, como cresce o grão de mostarda ( Mt 13,31). Assim o conteúdo do Credo, síntese de nossa fé, se faz história, se faz vida e se abre às mirabilia Dei, “obras admiráveis de Deus”, que o Senhor continua a operar em nós.

A fé é, pois, uma graça que devemos acolher com verdadeira e profunda gratidão, e uma responsabilidade que nos leva a tomar consciência dela, “para reavivá-la, para purificá-la, para confirmá-la e para confessá-la” (Paulo VI, Exortação Apostólica. Petrum et Paulum. Apostolos, 1967). A fé, se queremos que não se apague, perdendo assim a possibilidade de ser sal e luz em nosso mundo (cf. Mt 5,13-16), deve ser redescoberta constantemente (cf. PF 4), e vivida com alegria, de tal modo que possamos confessá-la, individual e comunitariamente, interior e exteriormente (cf. Petrum...) e celebrá-la na liturgia e em nossa vida cotidiana (cf. PF 8.9). A fé que me foi dada, me foi também confiada para que a conserve e a faça crescer. Com o coração se crê, e com a boca se faz a profissão de fé (cf. Rom 10,10). Acolhida e responsabilidade são inseparáveis.

A fé: adesão a Cristo e à Igreja

Tentando sintetizar ao máximo, penso que a resposta à pergunta o que é a fé? seja adesão. Adesão cordial a uma pessoa, à pessoa de Cristo, e adesão gozosa aos conteúdos, os que a Igreja nos propõe no Credo e através do Magistério. A adesão à pessoa de Jesus Cristo, essencial na vida da pessoa crente, comporta um encontro pessoal com Jesus através de uma vida intensa de oração, de uma rica vida sacramental e da Leitura orante da Palavra.

Temos de ser muito conscientes de que no campo da fé jogamos tudo no encontro com a pessoa de Jesus. Sem este encontro nossa adesão será a uma ideia ou ideologia, nunca a uma pessoa ou a uma forma de vida. Por outro lado, a adesão aos conteúdos da fé que nos apresenta a Igreja comporta o conhecimento de tais conteúdos e uma reflexão profunda sobre eles, assim como uma visão de fé sobre a própria Igreja. Não se trata de professar “a minha fé”, mas de fazer minha a fé da Igreja, o que se traduz em obediência caritativa (cf. Adm 3,6) e em consentimento “com a inteligência e a vontade ao que propõe a Igreja” (PF 10; Dei Verbum 5; Dei Filius III). Faço meu o convite do último Sínodo para reanimar o nosso entusiasmo de pertencer à Igreja (cf. Instrumentum Laboris 87). Somente com este entusiasmo poderemos “restaurá-la”, como fez Francisco.

A fé conforme Francisco

Enquanto Irmãos Menores ou seguidores de Francisco, é importante deter-nos, ainda que brevemente, sobre o caminho da fé de Francisco e as suas expressões. Tendo presente os seus Escritos, é fácil descobrir que a fé do Assisense é, acima de tudo, uma fé teologal, com clara estrutura trinitária e cristocêntrica (cf. Ad 1; RnB 22,41-55; 23,11; LM 9,7). A sua experiência espiritual se caracteriza por uma relação de familiaridade com a Trindade. Além disso, algo que salta imediatamente à vista é que sua fé tem uma dimensão eclesial, superando assim a visão meramente individualista. Francisco, como a própria Igreja, nos ensina a dizer “creio”, “cremos” (cf. PF 9). No Testamento faz confissão da sua “fé nas igrejas e nos sacerdotes” (cf. Test 4-7). Esta “fé nas igrejas e nos sacerdotes” nos leva a compreender também outro aspecto digno de nota: a importância existencial da Igreja na vida da fé de Francisco; importância que não se deve à perfeição de seus membros, particularmente da hierarquia ou dos sacerdotes, mas ao fato de que nela se pode encontrar a Cristo. Deus fala a Francisco na Igreja e através dela, também quando esta “é ameaçada de ruína” (cf. 2Cel 10-11; LTC 13), porque nela, também naquele tempo, está Cristo. Francisco nunca verá a Igreja, a Igreja Romana da qual fala, como uma ameaça para viver o Evangelho, nem sequer quando esta poderia ser uma igreja “ferida” e “pecadora”. “E não quero considerar neles o pecado – dirá falando dos sacerdotes-, porque vejo neles o Filho de Deus, e eles são meus senhores” (Test 9). A partir da sua fé em Cristo, que se encontra na Igreja e que passa através da fé “nas igrejas e nos sacerdotes”, se compreende porque o Poverello tenha entregado a sua Forma de vida, revelada-lhe pelo Altíssimo (cf. Test 14), à aprovação da Igreja, e que na Regra prometa “obediência e reverência ao senhor papa Honório e a seus sucessores canonicamente eleitos e à Igreja Romana” (RB 1,2). Nessa mesma ótica, se entende muito bem que peça a seus Irmãos que vivam segundo “a fé e a vida católica” e que isto seja uma condição para permanecer na Fraternidade (cf. RnB 19,1-2). Também é facilmente compreensível que a “fé católica” seja para São Francisco um dos critérios fundamentais do discernimento de um candidato (cf. RB 2,3), e a Igreja critério para a verdadeira fé (cf. T. Matura, Francesco parla di Dio, Milano 1992).

Uma penúltima anotação

Em seu itinerário, “o mistério eucarístico constitui para Francisco o coração da vida de fé” (P. Martinelli, Dammi fede diritta, Porziuncula 2012), como aparece, entre outros muitos textos, na primeira Admoestação. Diante deste mistério é necessário ativar os olhos do espírito ou os olhos da fé, uma expressão que já encontramos em Santo Agostinho, para evitar o ver segundo a carne e, como consequência, “não ver nem crer” (cf. Adm 1,8; C. Vaiani, Vedere e credere. L’esperienza cristiana di Francesco, Milano 2000). Finalmente, temos que recordar que para Francisco o mistério eucarístico está intimamente unido à Palavra, a ponto de considerar esta segundo a mesma lógica da Eucaristia, e para a Palavra pede “veneração” (cf. Ord 34-37), porque nela se deve honrar “o Senhor” (cf. Ord 36). Atrás das palavras, Francisco “vê” a Palavra; nas palavras escuta a Palavra salvífica do Pai no momento presente (cf. 2Fi 34).

Como se pode ver, a fé de Francisco não é, em absoluto, uma fé abstrata. Hoje se nos apresenta como uma testemunha de fé: a confessou, a professou, a celebrou e a testemunhou com a sua vida, em um ambiente nada fácil. O que nos está dizendo Francisco como confessor da fé? Que mudanças nos pede no que se refere à fé?

Conclusão

Queridos irmãos e queridas irmãs: muitas vezes se diz que o problema da Igreja são os “afastados”. Pessoalmente penso que não só eles são o problema, mas também os “de perto” podem ser um problema quando permanecem na soleira da “Porta da fé” sem nunca atravessá-la. O Ano que estamos vivendo é um convite urgente para atravessar a Porta da fé, para considerar-nos peregrinos na noite, para colocar-nos em caminho para encontrar Aquele a quem nunca buscaríamos se não tivesse vindo antes a buscar-nos (cf. Santo Agostinho, Confissões, 13,1). Como afirmou o Cardeal Martini, a fé é sempre “uma fé mendicante”, como aquela dos Magos, nunca uma fé “pré-fabricada”, como a dos escribas (cf. Mt 2,1ss). Paulo pede a seu discípulo Timóteo que “busque a fé” (cf. 2Tm 2,22), com a mesma constância como quando era jovem (cf. 2Tm 3,15). Acolhamos este convite como dirigido a cada um de nós e aproveitemos este Ano de graça para “fazer memória do dom da fé” (PF 8).

Cristo ressuscitou!  Sim, verdadeiramente ressuscitou!

Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs: Feliz Páscoa de Ressurreição! Feliz caminhada neste Ano da Fé!

Vosso irmão, Ministro e servo

Frei José Rodríguez Carballo, OFM

Ministro Geral, OFM

Roma, 19 de março de 2013, festa de São José.

sábado, 2 de março de 2013

Material de formação permanente da OFS

Dossiê mensal, fevereiro 2013
INTERNACIONAL PRESIDENTE DO CONSELHO SFM
PROJETO EDUCAÇÃO CONTINUADA
BRIEFING MENSAL
Fevereiro 2013 - Volume 4 - n º 37

Teologia do Corpo
Pelo Beato Papa João Paulo II
Dossiê elaborado pela equipe do Conselho Internacional para a Aprendizagem ao Longo da Vida
Ewald Kreuzer, Coordenador SFO
Lucy Almiranez, OFS
Mike e Jenny Harrington, OFS

Uma das conclusões gerais do Capítulo Geral de São Paulo, Brasil, em novembro de 2011, diz:
"Os jovens, que estão muito preocupados, e com razão, o grande tema da sexualidade, precisamos da ajuda dos franciscanos seculares, começando com a testemunha. Portanto, este capítulo sugere a inclusão nos programas de formação da OFS e da Juventude Franciscana corpo Teologia do Beato João Paulo II, para permitir que os seus membros a redescobrir a beleza da sexualidade, casamento e família e viver estes dons de acordo com o plano de Deus ".
O que é a teologia do corpo?
"Teologia do Corpo "de João Paulo II é a visão integral da pessoa humana, corpo, alma e espírito. Como ele explica, o corpo humano tem um significado específico e é capaz de revelar respostas sobre questões fundamentais sobre nós e nossas vidas:
  • A vida tem um propósito real, e se assim for, o que é?
  • Por que fomos criados masculino e feminino? Será que realmente importa se são de um sexo ou de outro?
  • Por que o homem ea mulher chamado à comunhão desde o início? O que diz a respeito de Deus e do Seu plano para a nossa vida, a união matrimonial do homem e da mulher?
  • Qual é o propósito da vocação ao matrimônio e do celibato?
  • O que exatamente é "amor"?
  • É realmente possível ser puro de coração?
Todas estas questões e muito mais são respondidas pelo Papa João Paulo II durante as audiências 129 quarta-feira, que foram ensinados catecismo entre 1979 e 1984. Suas reflexões são baseadas nas Escrituras (especialmente os Evangelhos, São Paulo e Genesis), e contém uma visão da pessoa humana verdadeiramente digna do homem. João Paulo II discute que o homem, no início, o homem que é agora (depois do pecado original), e que será nos próximos anos. Então ele aplica a sua mensagem para as vocações para o casamento e celibato, em preparação para o Reino dos Céus.
A mensagem revolucionária de esperança e de transformação da vida Papa contrariar as tendências sociais que incitam-nos a ver o corpo como um objeto de prazer ou como uma máquina de manipulação. João Paulo II tem uma bela vista da sexualidade em sua Teologia do Corpo e trabalhos anteriores, como amor e responsabilidade. Ele encoraja uma verdadeira reverência para com o dom da nossa sexualidade e nos desafia a viver de acordo com a nossa dignidade de pessoas humanas. Sua teologia não é apenas para adultos jovens ou casais, mas para todas as idades e vocações, porque resume o significado verdadeiro da pessoa humana.
"Preparem-se! Tomando o que disse o Santo Padre em sua Teologia do Corpo, nunca vemos a nós mesmos, ou vamos ver o outro, ou veremos a Igreja, os Sacramentos, a graça, para Deus, para o céu , a vocação do casamento, ao celibato .... nunca ver o mundo da mesma maneira. " (Christopher West)
Aqui estão os itens do nosso treinamento dossier este ano 2013 (elaborado com a ajuda tipo de Jenny e Mike Harrington, África do Sul OFS). Nós convidamos você a usar esses dossiês por seu trabalho em sua formação fraternidades em todos os níveis. Ficaremos felizes se você deixe-nos saber a sua experiência de trabalho com estes dossiê treinamento.

O amor humano no plano divino
1. Introdução (Papa João Paulo II, a dignidade da pessoa humana em relação com Cristo e através de seu corpo na terra - Encarnação)
2. De volta ao básico - Nossa Criação (solidão original, laUunidad Original, nudez, dom sincero de si mesmo significado / esponsal do corpo, Conhecimento)
3. O coração humano (o pecado original, a luxúria / luxúria / vergonha, tensão / Conflito-criado universo e das relações humanas, Sermão da Montanha)
4. O resgate do corpo (Verdade e liberdade, auto-controle / Pureza)
5. A ressurreição do corpo (nosso destino, a visão beatífica, Comunhão dos Santos)
6. Vida celibato e Religiosa (Vocações)
7. O Sacramento do Matrimônio
8. Sinal sacramental (linguagem corporal, Cântico dos Cânticos, livre, total, fiel, fecundo)
9. Ética (Humanae Vitae e NFP)
10. Conclusão (s) (Cultura da Vida, Evangelium Vitae)

Beato João Paulo II
Muito antes de ele se tornar papa, Karol Wojtyla era um amigo e conselheiro de centenas de casais. Ele sabia quase todas as dificuldades humanas em confissão. Sua experiência pessoal durante a Segunda Guerra Mundial e do nazismo em sua idade jovem, e nos primeiros anos do seu sacerdócio, teve uma profunda influência sobre sua vida. Maior parte do tempo foi gasto pensar, escrever e refletir filosoficamente sobre o significado da pessoa. Em seu livro " Amor e Responsabilidade ", diz ele," O homem deve ser conciliado com a sua grandeza natural, ele não deve esquecer que ele é uma pessoa . "Ele também observa que se o amor é algo bonito, se deve ser total e completa, deve ser "totalmente integrada", o que significa que deve ser construído para priorização incorreta de todos os elementos do verdadeiro amor ... "amor no sentido total da palavra é uma virtude, e não apenas uma emoção, e muito menos uma mera excitação dos sentidos. "

Os escritos do teologia do corpo são abordagem nova, profundo e autêntico para os ensinamentos da Igreja sobre amor, sexo e casamento. Esta mensagem é contracultural. Olhando para o mundo ao nosso redor: a filosofia do "Eu posso fazer o que quero com o meu corpo", desagregação familiar levou à perda da dignidade humana, a solidão dos indivíduos e confusão moral profunda. Estamos vivendo em um mundo saturado de informações sobre sexo, é difícil não ser afetado pela barragem de insinuação sexual, mensagens e imagens que são transmitidas através de filmes, revistas, TV, outdoors e na Internet.
De setembro de 1979 até novembro de 1984, o Papa João Paulo II deu uma série de notáveis ​​público 129 quarta-feira que se dedicam à "teologia do corpo ", o casamento ea sexualidade humana em geral. Um estudo de como Deus revela o seu mistério através do corpo humano. Uma reflexão bíblica sobre o sentido da encarnação humana de homens e mulheres, nomeadamente no que respeita a chamada para que os dois se tornam "uma só carne". Os primeiros alvos da cultura da morte, é a pessoa humana, do matrimônio e da família. Os ensinamentos de João Paulo são respostas que afirmam a nossa dignidade como pessoa humana e do esplendor de casamento e família.

Na Evangelium Vitae, ele fala sobre o trabalho de educação e conscientização, o que ajuda as pessoas a se tornar mais humano, trazendo-os ainda mais perto da verdade, com o respeito à vida e os relacionamentos certos. Ele diz: "É uma ilusão pensar que você pode construir uma verdadeira cultura da vida humana, se não ajudar os jovens a compreender ea viver a sexualidade, amor e toda a existência de acordo com seu significado verdadeiro e na sua íntima correlação. Sexualidade, o que enriquece a pessoa como um todo ", manifesta o seu significado íntimo ao levar a pessoa ao dom de si no amor" (Evangelium Vitae 97)

Se quisermos descobrir o verdadeiro significado do homem e da mulher, e por que nos relacionamos uns com os outros como nós, que precisamos olhar não só para a nossa composição psicológica ou o nosso comportamento típico, mas o que Deus revelou sobre o nosso fim.

Beato João Paulo II respondeu com as crônicas de confusão na sociedade sobre a identidade eo significado da pessoa humana, ele enfatizou que a identidade ea vocação da pessoa humana são feitos através da graça e ser total no amor. O plano de Deus para a vida e amor é tão belo e profundo que uma vez revelado a nós, nunca olhar da mesma forma uma relação entre um homem e uma mulher.
Questões para reflexão:
1. Por que você acha que o Papa João Paulo II dedicou muita energia para escrever e ensinar sobre a pessoa, a sexualidade, casamento e família?
2. Como você descreveria a visão do nosso mundo de hoje sobre sexo e casamento?
3. Porque você acha que a pessoa humana, casamento e família são os primeiros alvos da cultura da morte?
4. Como estamos abertos para discutir a sexualidade e as relações conjugais dentro de nossas famílias?
5. Pense no seu relacionamento com Jesus Cristo em sua vida e os outros?
Referências :
'Humanae Vitae' - Papa Paulo VI, Amor e Responsabilidade - Padre Karol Wotjyla, "macho e fêmea, Ele os criou", João Paulo II, "Carta às Famílias" - João Paulo II, "Evangelium Vitae" - João Paulo II "Ubicumque et Semper" - Papa Bento XVI, "o Papa Paulo VI como Profeta:? previsões Humanae Vitae têm tornado realidade" - Janet Smith -www.theologyofthebody.net