Aqueles que seguem o cordeiro
Apocalipse 14,1-5; Lucas 21, 1-4
Muitos experimentamos certa estranheza com a linguagem do livro do Apocalipse. Seu estilo é, de alguma forma, hermético e fechado. O trecho proclamado na liturgia de hoje nos fala dos vitoriosos que “seguem o Cordeiro aonde quer que vá”.
Aos poucos vamos chegando ao final do ano litúrgico de 2012. Fim do ano litúrgico que é acompanhado do tema do final dos tempos, da recompensa dada aos justos e da realização de todas as profecias.
O Cordeiro, aquele que tinha sido imolado, agora se manifesta como o vitorioso. Está de pé sobre o monte de Sião. Ele é, efetivamente, o vitorioso.
Todos os que passaram pela grande tribulação estão junto e perto do Cordeiro. “Com ele, os cento e quarenta e quatro mil que tinham a fronte marcada com o nome dele e o nome do Pai”.
O autor do Apocalipse descreve o ambiente na glória com as cores de uma grande festa: “Ouvi uma voz que vinha do céu; parecia o barulho de águas torrenciais e o estrondo de um forte trovão. O ruído que ouvi era como o de som de músicos tocando harpa”.
Festa, alegria reservada aos quarenta e quatro mil, a multidão resgatada da terra pelo sangue do Cordeiro vitorioso, que ali se mostrava de pé. Todos cantavam um cântico novo. Ninguém podia aprender esse cântico novo, a não ser os resgatados.
Os vitoriosos, os que cantam o canto novo, não podem mais deixar de seguir o Cordeiro. Estão confirmados. Seguem o Cordeiro aonde quer que ele vá. Esses são os íntegros.
O salmo responsorial nos ajuda a contemplar mais densamente esse céu dos íntegros e dos justos. “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação? Quem tem as mãos puras e inocente o coração, quem não dirige sua mente para o crime. Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e salvador. É assim a geração dos que buscam a Deus e do Deus de Israel buscam a face” (Sl 23 (24)).
Frei Almir Ribeiro Guimarães
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